Além da vice-presidência, o pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ofereceu um ministério ao ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (sem partido), caso ele aceite compor a chapa para as eleições à presidência deste ano.
Desde que deixou o PSDB, Alckmin tem dito que, se a dobradinha com Lula ocorrer, e a chapa vencer a eleição, não quer ser um vice “decorativo”. As conversas giram em torno da pasta da Agricultura e Alckmin já começou até mesmo a atuar para diminuir resistências a Lula no agronegócio.
Mesmo sem partido, o ex-tucano age como se a aliança estivesse concretizada. Alckmin prefere se filiar ao PSB, mas, se as negociações emperrarem, tem convite para entrar no Solidariedade e no PV. O comando da campanha de Lula também quer atrair o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para a chapa. O PSD, presidido por Kassab, pode ser uma alternativa para abrigar Alckmin, caso o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desista da pré-candidatura ao Palácio do Planalto.
Na semana passada, o ex-governador teve uma conversa reservada com dirigentes da Força Sindical. Os participantes saíram com a impressão de que ele pretende ter um protagonismo maior do que o comumente atribuído a um vice.